2 Feb 2015

Sempre iguais, gostam de chafurdar na lama.


"O BdP desde há algum tempo tem vindo a tomar medidas para isolar o banco, a parte financeira, das dificuldades financeiras da zona não financeira do grupo. O BdP tem sido perentório, categórico, a afirmar que os portugueses podem confiar no BES, dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira, mesmo na situação mais adversa. E eu, de acordo com a informação que tenho do próprio BdP, constato que a atuação do banco e do governador tem sido muito, muito, correta".

Qualquer ignorante lê isto e compreende imediatamente o que lá está dito, ou seja os depósitos no BES estavam salvaguardados.
Mas há quem queira armar confusão.
Um dos "armadores" é o engenheiro Rui Sá.
Perguntarão, quem é?
É um destacado membro do PCP, colocado na Câmara Municipal do Porto por esta particularidade e não por ser engenheiro, mas ele, vá lá saber-se porquê, faz por ignorar isso e assina os artigos no JN como engenheiro.
E então dispara:

Vem isto a propósito da rábula do disse-não-disse de Cavaco Silva sobre o BES. Antes de a abordar importa fazer um ponto prévio. É evidente que os principais responsáveis pela situação do BES são os seus administradores, com Ricardo Salgado à cabeça e tudo o que se possa passar ao lado do processo, embora relacionado com o mesmo, não nos pode distrair deste facto. Parece-me também evidente que a divulgação, por Ricardo Salgado, das datas das diferentes reuniões que teve com os personagens do costume não é mais do que uma mensagem: "Atenção que eu sei muitas coisas e, se não me derem a mão, eu não cairei só!...".
Mas esta constatação não impede que se analise o papel de Cavaco no processo. E, naturalmente, os deputados que integram a Comissão de Inquérito ao BES têm a obrigação de, perante a confirmação de audiências de Ricardo Salgado com o presidente da República para lhe expor a situação do Grupo BES, procurar ouvi-lo sobre a matéria.

Está dentro do habitual do PCP fazer insinuações.
Portanto até aqui nada de anormal.
E, continua:

Mas será que um presidente se limita a receber informações dos organismos oficiais? Será que a batelada de assessores não recolhe informações adicionais nem estuda os dossiês de forma a que o presidente, com base em diversas fontes, interprete, com mais conhecimento de causa, o que se passa? E, ainda mais importante, será que nas audiências que Cavaco concedeu a Ricardo Salgado (segundo este a 31 de março e a 6 de maio) não lhe deram mais informações?

Um comboio de insinuações.
Uma torpeza sem limites.
E pensar que este funcionário do PCP é vereador numa Câmara, assusta.


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