11 Feb 2014

Charles van Doren em versão Tuga.

A Grande Vitória deste concurso foi combinada.
Quem o diz é um dos maiores especialista em televisão o senhor Joel Neto no Diário de Notícias.
Vamos ler:
 
ARTP fez tudo bem na (e em torno da) edição de Quem Quer Ser Milionário em que pela primeira vez foi entregue o prémio máximo. Identificou uma boa personagem, permitiu-lhe ganhar e depois promoveu bem a emissão, espalhando a expectativa.
 
Reparem na subtileza “permitiu-lhe ganhar”.
E como é “que permitiu”.
Ora muito fácil:
 
Uma das suas principais ferramentas, porém, foi ser capaz de ler Manuela Moura Guedes. Manuela deixou-se ler. E, quando isso não resolveu, forçou a nota. O modo como se apressou a sugerir o bloqueamento das respostas certas chegou a ser conspícuo.
 
E porque é que a MMG ajudou o simpático rapaz?
Ora está bem de ver:
 
Houve ali simpatia pessoal. E, no entanto, isso não aconteceu em função dos bonitos olhos do rapaz (que também os tinha): aconteceu em função da sua personalidade e da sua história.
Souto Moura é simpático e sabe mais do que a esmagadora maioria dos concorrentes. É um jovem artista e tem no currículo uma série de esforços de solidariedade. Fala de um modo afetado (como Manuela) e, ainda por cima, canta bem.
 
Portanto temos aqui um ganhador, um cantor, uns olhos lindos, um artista, o filho de um nome importante e uma grande trapalhada.
Se a RTP ficar calada e não reagir a esta crónica ficamos a saber, como bem notou o Joel que:
 
Quem Quer Ser Milionário é um espectáculo, não é um concurso público.
 

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