28 Apr 2013

Uma tragédia na Linha de Sintra

Clara Ferreira Alves, a romancista loira mais lida em todo o Mundo, tirou-se do quentinho e foi até ao Cacém.

Saiu do comboio e tropeçou logo com uma família.
Vamos saber quem são pela pena da loira:
Para começar vivem numa casa com marquises e azulejos sanitários às quais foi aplicado um IMI insano.
O filho de 25 anos (vive ainda com os pais) é divorciado paga uma pensão de alimentos à ex-mulher.
Ganha uma miséria numa empresa de transportes deficitária e mal gerida, e não pode ter férias no estrangeiro.
A filha (que também vive lá em casa) já teve 400 empregos (a recibo verde) e de todos foi despedida, apesar do curso universitário.
Não pode casar, nem ter filhos porque não tem futuro.
Os pais não a deixam ser mãe solteira.
O pai com 50 e tal anos está desempregado e não consegue arranjar emprego.
Estava numa empresa privada média, uma dessas que deixaram de ter lucros e finou-se.
A mãe viu fechar a loja onde estava ao balcão.
A mãe sofre de diabetes, o pai sofre de hipertensão, a avó felizmente não sofre de nada (é de uma geração de rijos) e é ela, que também vive lá em casa que dá uma ajuda para o orçamento familiar.
Clara não explica mas deve ser com o RSI mais o completamento de idoso.
A única extravagância é o carro.
Do avô nada se sabe, mas presumo que com tanta desgraça pirou-se.
É incrível a pontaria da loira para encontrar esta família típica do Cacém.
Meus senhores, se querem ser felizes não saiam no Cacém, continuem e saiam só em Sintra.
Há lá queijadas formidáveis.

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