3 Mar 2013

Foi lindo, pá


Um Jornal fala em um milhão, outro acrescenta quinhentos mil, ambos estão certos.
São apenas sugestões.
Contabilizam-se quarenta cidades e por modéstia só se dá o número sempre com o será, terá, poderá de na Guarda (que frio seus valentes) 500, no Entroncamento (outro fenómeno como o nabo gigante) 300 e depois números avulsos 200 aqui, 100 acolá.
Ora bem os números verdadeiros são outros.


Para começar acho bem aquele milhão e meio.
E a somar mais um milhão e meio das cidades que a tempo não enviaram os números.
Depois temos que somar mais outro milhão e meio que por isto ou por aquilo não pode ir (por exemplo ter que passar a ferro) e viu pelas televisões.
É como se estivessem lá.
E depois temos mais um milhão que não podia mesmo ir.
Estavam a trabalhar.
Aqui é curioso notar que um que quase nunca trabalha foi, vejamos:

Daniel Almeida, aos 60 anos, teme não vir a ter reforma, mas não é isso que o preocupa. "Tenho uma filha de 25 anos desempregada. Já devia ter a vida feita, filhos, mas nem pensa em viver, só sobreviver", desabafa o gestor da CP.
Para compensar vão já fazer mais umas greves nesta semana que entra.
Ora vamos lá fazer um subtotal.
Temos pois por enquanto cinco milhões e meio.
Toca a juntar os doentes em casa e nos hospitais, centros de saúde, maternidades.
Por alto com médicos, enfermeiras e pessoal auxiliar mais quinhentos mil.
Toca a juntar mais quinhentos mil com idade até aos cinco anos cujos pais avisadamente não os levaram.
Seis milhões e meio.
Agora há que juntar dois milhões e meio de idosos que não foram, mas coitaditos também se deixaram adormecer e não podem ser contados como vendo nas televisões.
Falta um milhão.
Onde é que estiveram.
Bom, um deles fui eu e estive a ver o Real Madrid – Barcelona pela SporTv.
27,436 estavam a caminho do Sporting - Oporto (obrigado leões).
Alguns outros, mais felizes, estavam de férias nos Brasis.


Contaram-se que sendo um picnicão completamente apartidário uma jornalista fez uma entrevista a um senhor de nome Arménio Carlos encontrado ao calhas que berrava que o Governo se devia demitir imediatamente.

O sábio povinho responde num inquérito no DN, onde a “namoradinha de Portugal” chora sobre os números e clama “ Na rua não é fácil aferir - as imagens aéreas que chegam pelo Twitter, porém, parecem menos esmagadoras do que as de Setembro” dando como percentagem de que com um milhão e meio o Governo se devia demitir 57%.

Não sabiam que afinal tinham sido nove milhões.

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