13 Aug 2012

Como comprar 150 gramas de prata por 15,1 milhões de euros



O senhor Comandante quando no bolso sentia a sensação de algumas medalhas de ouro e mais uns acrescentos de prata declarou que esta era a missão mais bem preparada de sempre .
Aparentemente não era e agora apenas com uma medalha de prata (e ainda por cima molhada) no bolso começou a disparar em todas as direcções e lançou duas ideias bombásticas:

Primeiro importação de atletas africanos e digo eu de países que tenham uma moeda fraca em relação ao euro pois assim podiam vir às paletes, sei lá cinco de maratona, dois de salto à vara, quatro de quatrocentos metros, natação não, talvez um lançador do dardo enfim é melhor pedir catálogo e
Grande Ideia de Futuro ressuscitar a Mocidade Portuguesa.

É urgente que toda a sociedade civil e mesmo a militar a que o senhor Comandante pertence se una para lhe conseguir uma saída airosa. Vão dizer-me que ele já ameaçou não se recandidatar.
Ora, já tinha feito o mesmo em Pequim e portanto a palavra dele vale nada.
A seguir transcreve-se um artigo sobre o que custou a nossa participação.
Não acha bem nem acho mal, apenas repito as palavras de Um Outro, não há dinheiro não há palhaços.
Há gente com fome.

Foi com um 23º lugar em BTT (David Rosa) e um 48º posto na maratona (Luís Feiteira) que a missão portuguesa se despediu ontem dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. O investimento do Estado na preparação para a competição em Inglaterra ascendeu a 15,1 milhões de euros, a mais cara das últimas três edições, e resultou apenas na conquista de uma medalha de prata.

"Estivemos ao nível do desporto português", disse ontem Vicente Moura ao Correio da Manhã, sobre a prestação nacional na capital britânica. O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) afirmou ainda que a participação lusa "esteve ao nível da de Pequim em 2008".

Nos Jogos de Londres, Portugal totalizou 28 pontos, tal como em Pequim, resultantes das 10 posições de finalista alcançadas: uma medalha (7 pontos), dois quintos lugares (8), dois sextos (6), dois sétimos (4) e três oitavos (3).

A prata de Fernando Pimenta e Emanuel Silva na canoagem e os nove diplomas obtidos em Londres são números semelhantes aos Jogos de Pequim 2008, onde Portugal obteve duas medalhas e seis diplomas, mas com um custo menor para o Estado: 12,14 milhões de euros, ou seja, 6,07 milhões de euros pelo ouro de Nelson Évora (triplo salto) e outro tanto pela prata de Vanessa Fernandes (triatlo).

No que respeita à obtenção de medalhas, é preciso recuar aos Jogos de Barcelona 1992 (zero) para encontrar uma prestação portuguesa mais fraca do que a actual (uma de prata).

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