30 Jun 2012

O que se pode fazer por um filho?


A doença quando traiçoeiramente ataca é uma desgraça.
Numa criança é uma tragédia.
O drama que Carlos Martins viveu em relação à doença do seu filho comoveu todo o Portugal e graças aos modernos meios de comunicação a notícia espalhou-se violentamente por todo o mundo tendo o dador positivo sido encontrado algures nos Estados Unidos.
Foi um final extramente feliz.


Era previsível que o cinema já tivesse tido a mesma ideia transformando-a num filme.
E como a imaginação humana é prodigiosa não se contentou em replicar uma situação complexa mas aumentou ao paroxismo a mesma.
Neste filme a filha adoece repentinamente e após os exames a mãe é confrontada com o mesmo problema que a família Martins.
E também os pais não são compatíveis para doação.
Há uma única solução.
Fazer um novo filho que seria o dador compatível.
Mas há um problema, na realidade dois problemas.
Quer o pai quer a mãe refizeram as suas vidas e estão agora juntos com outras pessoas.
E ainda por cima essas pessoas querem um filho próprio ou que no caso da mãe ficaria imediatamente invalidado devido às leis da natalidade da China.
Um casal dois filhos.
E no caso do pai a situação também é extremamente complexa porque atravessa uma zona de grande perturbação económica (é construtor civil) com grande obras e maiores problemas.

É filmado em Pequim que nos é mostrada como uma cidade imensa com prédios enormes absolutamente inexpressivos e tudo com uma luz neutra e perturbante.
O que se segue demonstra até onde pode ir o amor.
O fim é de uma ambiguidade absolutamente oriental.




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