3 Mar 2012

Errar, errar, sem nunca pensar.





Um passo mais
num caminho
que parece menos
capaz de me levar
onde quero ir
sabendo ser inútil
lá chegar

E por isso mesmo
caminhar e caminhar ...
A primeiríssima coisa a dizer sobre este filme é que tem a Charlize Theron, a segunda é que numa cena (está aí num dos frames) é prestada uma discreta homenagem a Edward Hopper, a terceira é que os americanos nestes filmes de psicodramas familiares são absolutamente imbatíveis.
Não fazem disto aqueles grandes dramalhões mexicanos nem problemas altamente filosóficos comos os franceses e não entram apenas drogados, putas ou a caminho de o serem, pretos ou outras classes desfavorecidas como nos filmes do Canijo & Outros.
Aqui a história é muito simples.

Uma divorciada que escrevia sob encomenda romances a quilo (também há na Tugulândia) resolve voltar à terrinha natal para re-engatar o primeiro namorado que agora está casado e feliz (é cinema não esquecer) com uma criancinha de meses.
De tabela encontra um parceiro de escola aleijado, semi-gay (este é um filme anti convenções) que a acompanha na tentativa de engate e na certeza de emborcarem tudo o que havia para beber na parvónia e que compõe um sensacional papel.
Pelo meio há provavelmente a mais linda cena de sexo que já vi em cinema.
Senhores, não comecem a salivar é apenas sugerido, não me digam que esperavam ver a Theron nua, seus marotos.

Senhoras e senhores não percam, noventa e tal minutos de pura representação com diálogos do melhor.
Uma curiosidade aqui como em dois filmes dos Oscar um cão faz um dos principais papéis.

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