21 Jan 2012

Um cavalo chamado Joye, Uma jóia de filme.



O site do IMDB tem tudo o que é necessário saber-se sobre um filme e tem duas particularidades muito curiosas.
Primeiro, como utilizador registado pode actualizar os dados de um filme e segundo a maioria dos filmes desencadeia um fórum de opiniões e contra opiniões deveras estimulante.
Nalguns filmes, sempre naqueles com grande público, aparece um tema "Uma centena de coisas que eu aprendi vendo (nome do filme)" em que são apontados os disparates em que os cineastas são férteis, como por exemplo o herói levar dez tiros e não morrer e acabar por disparar um sexto tiro de uma pistola que só leva cinco balas matando de imediato o vilão.
Este teve essa honra.

Neste longo (duas horas e vinte e seis minutos) e portentoso filme Speilberg faz-nos atravessar uma constelação de sentimentos. Desde logo no início onde uma súbita paixão e algum orgulho faz um homem comprar por um preço exorbitante um estupendo cavalo que em breve o vai levar à quase ruína.
E depois o filho que toma a seu cargo a educação e treino do mesmo para o transformar naquilo que ele não é, de uma obra magnífica da natureza num carregador de arado.
E a luta daquela família para sobreviver.

Chega a guerra e como se diz no fotograma " ela tira tudo a todos".
E o filme conta-nos tendo como pano de fundo a vida deste cavalo a tragédia que a guerra é.
As filmagens das batalhas são absolutamente épicas e os pormenores pessoais dos contendores são tratados com fina mestria.
É um filme comovente.

Não perca sobre pretexto nenhum e esqueça o cinismo das pessoas que vão ao cinema para de lupa na mão encontrar episódios que nunca podem acontecer na vida real.
Mas aqui podem, isto é cinema, isto é evasão, isto é divertimento e este tem lá tudo.

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