2 Aug 2011

Há sempre uma Casa Pia por descobrir





Há duas palavras que definem este filme, uma é dedicação a outra é amor.
A dedicação de uma funcionária da assistência social que por casualidade recebe um pedido de ajuda de alguém que queria saber quem era a mãe e que ao tentar descobrir esse facto depara-se com um segredo monstruoso escondido por vários governos de países que pareciam ser de uma pureza imaculada.
E na busca tormentosa da verdade arrisca tudo mas o amor que o marido lhe dedica dá-lhe a força necessária para nunca desistir mesmo tendo a noção que a própria vida familiar incluindo a relação com os dois filhos pode estar em perigo.
É preciso dizer que a busca da verdade só pode ser encontrada na Austrália e é para lá que ela parte com um sentido de missão exemplar e quase irrepetível.

Infelizmente o filme com momentos (muitos mesmo) a fazer lembrar o nosso Casa Pia não é invenção de um bom argumentistas mas baseia-se em  factos reais .
A interpretação sofrida desta grande artista e as confissões dramáticas de homens a recordarem os horríveis momentos em que eram crianças e outros que pareciam homens mas não o eram os humilhavam não pode deixar ninguém indiferente.
Ontem como hoje e provavelmente amanhã há sempre alguém que tendo poder o usa da pior forma.

Em determinado momento do filme no auto-rádio do carro onde ela viaja toca-se esta canção e ela e um dos muitos homens que nunca foram crianças trauteiam-na.
As palavras da letra não podiam ser mais apropriadas.

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