22 Oct 2010

O pai do Frankenstein


Every Englishman knows his place, and if you forget, there's always someone to remind you.
Our family had no doubt about who they were, but I was an aberration in that household, a freak of nature. I had imagination, cleverness, joy.
Now, where did I get that? Certainly not from them.
They took me out of school when I was 14...and put me in a factory. They meant no harm.
They were like a family of farmers who've been given a giraffe... and don't know what to do with the creature except to harness him to the plow.
Hatred was the only thing that kept my soul alive...in that soul-killing place.
And amongst the men I hated...was my own poor, dear, dumb father, who'd put me into that hell in the first place.

O filme retrata os últimos dias de vida do realizador James Whale que ficou para a história como o criador em cinema de Frankenstein.
O monólogo que se transcreve é aquele em que descreve o seu início de vida a um atarantado e boçal jardineiro contratado para aparar a relva.
É neste encontro que o filme se realiza de uma maneira magnifica, de um lado um homossexual epicurista culto e tão inglês que podíamos apostar que nas veias corre-lhe chá e em oposição um americano ex-marine com todas as qualidades e defeitos que se podem imaginar.

Mas ele próprio também tem um drama que acaba por aproximar os dois homens.
O pai também tinha sido marine e ficara esmagado de desapontamento quando incorporado a guerra acaba e ele não tem oportunidade de ir matar ninguém, e assim o filho alista-se e ironia do destino uma apendicite evita que ele seja morto ou condecorado. O pai nunca lhe perdoou.

O diálogo por contraste entre o afectado inglês e o rude americano é soberbo e ganhou merecidamente um Oscar pelo Best Writing, Screenplay Based on Material from Another Medium.
O actor principal e a governanta foram nomeados também para o Oscar mas num ano de safra excepcional era difícil e não aconteceu.
Não perca.

Está aqui

No comments: