17 Sept 2010

Era também uma casa pia, na realidade um convento.

Revisto hoje.

A história é muito simples, uma freira histérica espiritual tem um filho que é encontrado, após os gritos lancinantes dela, morto num balde de lixo que existia na sua cela.
Levantado o respectivo inquérito criminal uma psiquiatra é encarregada de analisar a sanidade mental da freira para decidir se a mesma é imputável ao mesmo tempo que é aconselhada pelo juiz encarregado do caso para discretamente deixar tudo dissolver-se como se uma neblina envolvesse o episódio.
Ninguém está minimamente interessado em saber o que se passou dentro dos muros (bem altos) do convento.

Acontece que a psiquiatra (soberbo papel de Jane Fonda aqui com radiosos 48 anos) tem um problema grave que a atormenta, aliás são dois, primeiro não acredita em Deus e segundo a sua irmã morreu num convento.

Não se vai aqui contar o filme que aliás deixa imensas pistas para exploração apenas e no que a ele se refere dizer que Meg Tilly tem aqui o papel da sua vida (foi aliás nomeada para o Oscar) bem como Anne Bancroft num papel que é o oposto da seu momento mais alto, nem vale a pena esclarecer que foi The Graduate.


Foi oportuno revê-lo porque todo ele se baseia em convicções, de um lado a convicção de que foi Deus que criou a criança do outro a convicção não menos firme que há ali dedo (enfim) de um homem.
E no final o Tribunal também tem muita convicção em acabar depressa e discretamente com tudo.
O filme é soberbo, qualquer semelhança com qualquer coisa que tenha acontecido por aqui é pura coincidência.

Está aqui

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