15 Feb 2010

A vida depois da morte



Sem nenhuma dúvida o pior filme que vi nos últimos cem anos.
É mau no principio, no meio e no fim, sendo que com muito boa vontade se pode dizer que tem um fim.
E pensar que a Academia o lhe deu uma nomeação (melhor actor secundário)faz pensar.


E no entanto a história, e provavelmente o livro, tinha pernas para andar.
Uma garota com quinze anos, vivendo numa família feliz e no momento em que encontra o primeiro amor, é assassinada por um predador sexual.
Deixando de lado os pormenores do encontro e a maneira como o predador actua, que só por si destroem por completo o filme, a história centra-se no que pode eventualmente acontecer após a morte.
No filme a garota continua sempre presente vigiando a família mas não intervindo em nada das suas vidas.

É aqui que se coloca uma interessante questão.
E se realmente as pessoas que nos são queridas após a morte continuam a olhar não por nós mas para nós?
Ora isto levaria a outra questão.
Nos momentos em que estivéssemos a fazer um erro, a cometer uma asneira, a dar um mau passo, eles estariam a ver?
Então se estivessem não podiam ficar felizes, no Paraíso só há felicidade.

É só uma ideia.

2 comments:

lenor said...

Mas se eles estão só a ver também só se perguntam: mas que é que este está a fazer?
E depois ficam a ver o que acontece, tal como quem erra há-de ver algum resultado do erro.
:)

fado alexandrino. said...

A questão é esotérica mas na verdade a acontecer, e temos que aceitar que é uma probabilidade, ver seria tormentoso como tormentoso é em vida vermos as pessoas queridas errarem ainda por cima porque nem sempre quem erra consegue admitir que errou e poucas vezes aceita aprender com os erros e menos ainda aceitar os conselhos de quem errando julga poder ensinar.
Confuso?
Também acho de pois de ler segunda vez.