16 Nov 2009

Quando é que viu uma patrulha pela última vez


Não há uma única família que não tenha um familiar ou o familiar de uma família amiga íntima morto num acidente de viação.
É uma catástrofe nacional.

O papagaio de serviço, um ministro qualquer lá veio fazer o discurso da praxe garantindo que está tudo muito bem e que está a pensar.
E garantiu que a antiga Brigada de Trânsito, extinta sem qualquer estudo ou nexo, não será reactivada.
Desde que a mesma foi riscada do mapa a fiscalização, as multas e os autos desceram de forma drástica garantindo, ainda mais, a impunidade perante o atropelo sistemático das regras da condução.
É bom que se diga, a culpa desta mortandade reside nos condutores, todos nós, e na incivilidade que mostramos na estrada.

Como o destino gosta de brincar com todos nós, no mesmo dia quatro rapazes e uma rapariga (nunca uso o termo jovens que considero nos tempos actuais pejorativo) tiveram um brutal acidente de que resultaram quatro mortes e um deles em estado crítico.

O carro era roubado, alguns estavam referenciados pela polícia, nenhum dos rapazes levava qualquer documento (não é preciso pensar muito porquê) e seria aposta ganha dizer que quem guiava não tinha carta.

Porque é que isto é assim?
Porque o sentimento de impunidade que se sente na sociedade é aumentado por cem no que se refere a crimes ao volante.
Não se lembram da senhora de Coimbra apanhada meia centena de vezes sem carta?
Parece anedota, deixará de o ser quando ela lhe bater de frente.

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