31 Mar 2009

Já nascem presos


Este filme acontece porque o realizador um dia estava a passear com o filho e passou por uma prisão onde um dos edifícios estava pintado de cor-de-rosa.
Perante a estranheza do filho explicou-lhe que era uma prisão de mulheres e não lhe disse mas descobriu por si que era o infantário.
E por isso este filme trata não da vida de condenadas mas sim da vida de condenadas que acabam por lhes nascer os filhos quando presas.

Não é possível pensar no que sentirão aquelas crianças e aquelas mães que sabem que até aos quatro anos (o filme passa-se na Argentina) podem ter os filhos com elas e que depois ou irão para a família ou para um centro de acolhimento.

O que mais impressiona no filme é a quantidade de portas, portões, ferrolhos, cadeados sempre a abrir e a fechar, os corredores enormes sempre cheios de portas, de celas, de guardas.
É um filme soberbo com a curiosidade de ter sido filmado em prisões verdadeiras e com verdadeiras detidas.
Não percam.

Para amenizar, as algemas em espanhol chamam-se esposas.

Atchim ...


Nascimento Rodrigues que desempenha um cargo que noventa e nove por cento dos portugueses nem sequer sabem que existe mas que mesmo assim é pago principescamente, depois de ter ameaçado que abandonava o mesmo ao saber que não o podia fazer teve um xelique e meteu baixa por virose desconhecida.
Manuel Alegre depois de perder as presidenciais teve também o seu xelique meteu baixa e foi caçar perdizes.

Quando estas altas figuras do estado não têm um pingo de vergonha para fazer isto porque é que se admiram de o Zé Povinho tentar (claro com mais dificuldade) aldrabar nas baixas?

Mais um que partiu


Maurice Jarre que nos deixou ontem, foi o autor das bandas sonoras de alguns dos maiores filmes do cinema.

Estes dois falam por si e deixam recordações profundas quanto aos sentimentos das pessoas.
A cena final quando os rapazes se levantam e em pé nas escrivaninhas se despedem do professor é um momento único em cinema.
Tocante.

No outro a luta pela vida, tragicamente demonstrada com a morte na vida real do protagonista, mostra quão delicada é a nossa existência.


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30 Mar 2009

Calor em Itália, frio em Amsterdam


Fumava, bebia, cantava e acima de tudo tocava trompete maravilhosamente.

Como escreve Brian Priestley “Baker was acclaimed as a “great white hope” at the tender age of 23, a burden from which his image never recovered”.

Foi pena, mas deixou-nos mesmo assim uma discografia monumental.

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Quem bebe pelo gargalo compra a garrafa


O dr. Portas pretende que a justiça vá até "ao fundo" no "caso Freeport".
Jerónimo quer que a verdade "seja apurada".
A dra. Manuela fala em "sucessão" de factos que torna "premente" o esclarecimento do tema.
E Louçã também deve ter dito qualquer coisa.
Isto significa que, à medida que o ano eleitoral avança, o "caso Freeport" também avança pelo ano eleitoral adentro na proporção inversa à velocidade com que avança na justiça.
Não me parece avisado.

O que a oposição deve fazer é julgar politicamente o governo e o seu chefe. Levar o "caso" para dentro da política é seguir o filão do congresso albanês do PS, ou seja, dar razões a Sócrates para se fazer de coitadinho, secundarizando o fracasso da primeira legislatura socialista em maioria absoluta. Acresce que, se no "caso Freeport" Sócrates é inocente até prova em contrário, já no seu desempenho como primeiro-ministro há muito que o deixou de ser.

Ao centralizar na sua extraordinária pessoa o partido, o governo e a propaganda, Sócrates aceitou beber o cálice até ao fim. É isso que a oposição lhe tem de exigir perante um país mais devastado, mais deprimido e mais pobre do que há quatro anos.
Quem bebe pelo gargalo compra a garrafa.

O ademar é ademais



Cada vez que um maluquinho desata por aí a matar pessoas descobre-se que tinha deixado abundantes pistas na internet e que ninguém ligou nada.
Ora é preciso que se saiba que em Braga existe um doidinho que todos os dias publica o mesmo post (já vai em 134 e ameaça chegar aos mil) todos os dias escreve um poema, já fez mais de dez mil e todos os dias lê um poema aos alunos, coitadinhos.

Todos os dias lê o consultório sexual de todos os jornais e fica no estado que se pode prever.
Todos os dias fala mal, às vezes insulta mesmo, duas ou três pessoas.
Já publicou a capa de centenas de milhares de livros que tem.
O ódio de estima é o presidente da Câmara de Braga.
Deitem-se a adivinhar porquê.

29 Mar 2009

Nada está perdido ganho


Este homem tem que se ir embora rapidamente, já.

O motivo não tem nada a ver com o termos empatado com a Suécia ontem.
Afinal já fazemos o mesmo há dezenas de anos, nem sequer tem a ver com ter mandado Maniche para a bancada, onde é claro que o mesmo não podia dar uma boa sarrafada num daqueles calmeirões.

Muito menos tem a ver com o conseguir que o fabuloso, o CR7 sei lá porquê não tenha feito pevide em todo o jogo.
O ter apostado num Danny que praticamente entrou ainda congelado do frio Russo e não conseguiu sentir as pernas quando tinha um golo entre os olhos, são coisas que acontecem e fez bem em mandar entrar o calmeirão Hugo quando os fulanos de amarelo já estavam cansados.
Não deu mas podia ter dado.

Que o jogador mais tatuado do planeta se tenha convencido porque marcou um golo há doze anos que pode atirar para as proximidades da baliza sempre que lhe der na real gana, ó crentes, o que se há-de fazer.

Pelo menos a defesa era de betão, quatro centrais e Eduardo tipo-Ricardo.
Nani, Moutinho, a nova vaga não entraram, pois fica para a próxima (com outro espera-se).
E porquê com outro?
Fácil.

Este homem está sempre com uma cara triste, parece que vai começar a chorar a qualquer momento, tem uma “karma” ainda pior que o penteado do Veloso (a propósito porque é que este não joga, pelo menos distraia).

Não é ser supersticioso, mas assim não vamos lá.

Butch: Zed's dead, baby. Zed's dead.


Quentin Tarantino fez anos na passada sexta-feira mas como nesse dia estava muito ocupado a ensinar duas palavras em sueco a Carlos Queiroz que eram exactamente “estamos mesmo à rasquinha, não nos lixem” não pude compilar esta bela banda sonora.

Entre outras preciosidades têm três diálogos, um deles com a Maria de Medeiros e o Bruce Willis numa das muitas cenas de antologia que o filme tem.

A vossa melhor atenção para duas canções a saber “Lonesome Town” cantada pelo inesquecível (para quem tem mais de setenta anos) Ricky Nelson e “Girl, you’ll be a woman soon” por Urge Overkill.



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26 Mar 2009

Lester leaps in


Lester Young foi um dos maiores saxofonistas na história do jazz, e como muitos outros após uma vida de excessos partiu muito novo, tornando-se imortal.

Neste disco onde toca com o trio de Oscar Peterson tem momentos de absoluta magia e mostra se tal fosse preciso que o jazz pode e deve ser dançado.


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Gente (pouco) vulgar


Falas daí para a entrada da porta.
- Só agora?
- Só agora.
Ouves da entrada da porta.
Há muito tempo que sabemos tudo.
Agora só. Agora só.
Duas palavras a cada um
como dois buracos de botões.*

Numa família de alta burguesia o filho mais velho morre afogado num desastre com um barco à vela.
Esta tragédia explode dentro da família que vivia numa paz podre garantida pela vida social.
Tinha tudo, e teve, para ser um dramalhão de cortar à faca.

O que ficou foi o restante filho, mais novo, que sentindo-se culpado da morte do irmão tenta o suicídio, um pai com medo de efectuar qualquer ruptura e uma mãe seca que tenta esconder a dor abafando qualquer sentimento.

O mais interessante do filme é a revelação que o casal tem ao confrontar-se com a morte do filho e ao verificarem que afinal tinham estado sempre de costas voltados um para o outro.
O fim é um bocadinho obsceno.
Ela, obviamente, perde a luta contra os dois.

We would have been all right if there hadn't been any mess. But you can't handle mess. You need everything neat and easy. I don't know. Maybe you can't love anybody. It was so much Buck. When Buck died, it was like you buried all your love with him, and I don't understand that, I just don't know, I don't... maybe it wasn't even Buck; maybe it was just you. Maybe, finally, it was the best of you that you buried. But whatever it was... I don't know who you are. I don't know what we've been playing at. So I was crying. Because I don't know if I love you any more. And I don't know what I'm going to do without that.
(Ele para ela)

Um pouco de decoro


A morte de um filho é um drama horrível.
Uma dor imensa que nunca vai desaparecer e por isso todos os pais e mães que a sofrem merecem toda a nossa compaixão.
Há no entanto aqui como em todos os dramas da vida a necessidade de ter pudor.
O circo que algumas pessoas deixam montar, com o auxílio muito interessado dos pasquins tablóides, em volta destes dramas é obsceno
.

Leia aqui

25 Mar 2009


Helen Merrill presta nesta disco uma tocante homenagem a Clifford Brown desaparecido com apenas 25 anos e que deixou um obra ímpar.


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24 Mar 2009

A ajuda humanitária pode ser elegante


Um filme muito lindo.

Começa numa grande recepção onde ele entra esbaforido com um pretito pela mão e grita que não lhe estão a dar dinheiro suficiente para matar a fome na Etiópia.
Ela fica toda atolanbada e num instante larga o emprego e num magnífico conjunto branco e echarpe desembarca na Etiópia onde ajuda muita gente.

Depois volta para Londres e para o marido mas começa a ficar saudosa e vai ajudá-lo no Cambodja onde chega num magnífico conjunto preta de calças largas e que me pareceu de seda.
Aí acontecem coisas muito terríveis e um dia numa casa de montanha onde descansam das aventuras beijam-se e acontece o que estão á espera mas não digo.

Volta novamente para Londres e para o marido mas as saudades são imensas e parte para a Chechénia onde chega com um belo casaco de peles e um gorro que me pareceu de vison.
Ele está preso na montanha mas ela vai procurá-lo, encontra-o e por sorte naquele momento o acampamento é bombardeado de alto a baixo, morrem todos menos eles os dois que escapam na neve em direcção ao infinito.

Quanto o estão quase a alcançar ela pisa uma mina e morre. Ele não.
Fartei-me de chorar.

Também comecei a pensar.
Porque é que há tanta gente desejosa de ir ajudar para os confins de África e outros lugares cheios de exotismo e são incapazes de ajudar o vizinho do prédio ao lado?

23 Mar 2009

O Adão tinha outro nome


Andrew Lloyd Weber é autor dos mais famosos musicais que os palcos já viram.

Nesta “Evita” nada faltava, e não faltou, para um êxito fenomenal.
Uma história em que uma pobre camponesa encontra o seu príncipe encantador que a transforma na heroína dos “descamisados” até ao final dramático da doença, com canções que ficaram para sempre no ouvido, a apoteose era fatal.

A personagem é tão fantástica que no filme que sobre a mesma foi feito Madonna, e passamos a transcrever:

"was cast after she wrote a long and desperate letter to director Alan Parker convincing him she was perfect to play the role. The letter was accompanied by a copy of her video for "Take A Bow" where she had specifically asked the director that it should resemble the '40s and '50s."

Tinha muita razão.
Nota : Para quem puder o filme está aqui


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Enquanto falas de futebol ...


O terramoto do penalty está aí para durar.
Em vários jornais nos desportivos e nos sérios, diz-se que o infeliz falou ao microfone com alguém que aparentemente não estava no estádio.

Estou em condições de dizer que foi verdade e surpresa das surpresas com quem ele falou foi exactamente com O Nosso Timoneiro.
Ele ordenou-lhe; “Marca penalty”.
E tinha razão, aliás corrijo, tem sempre razão.

É só ver o descanso que as televisões tablóides lhe deram hoje, ambas abrindo o noticiário com uma longa reportagem sobre o penalty.

Grande Líder, peço-lhe um favor que era útil para ambos.
Mande o Vidigal para a baliza do Estrela da Amadora no jogo em que lhes vamos encher o estádio e contribuir para pagarem aos jogadores.
Penso eu de que.

Para Angola, já


Isto não pode continuar e temos que tomar medidas enérgicas.
Um milhão de pessoas, há quem fale em milhão e meio, deslocaram-se de toda a Angola para um descampado ao pé de Luanda, para assistir a uma missa em que o Papa era a principal figura.
Reparem, nem foi preciso a CGTP lá do sítio alugar camionetas e pagar farnéis.
Porque é que isto acontece?

A primeira explicação, e a segunda e por aí fora é que os angolanos, coitados, não tem a sorte de ter lá o senhor Louça, o escritor Tavares, os jornalistas do Público (parece que não os deixam entrar, o que só mostra que estão mais avançados do que nós), o operário Carvalho da Silva mais o seu mestre ideológico Jerónimo de Sousa e muito outro que aqui no quintal estão todos os dias a gritar que o Papa tem que ser excomungado.

Portanto o que é que devemos fazer para ajudar os nossos, ia a dizer irmãos, mas parece-me exagerado, pois como ia dizendo ajudar os primos afastados.
A resposta, ó crentes, salta à vista.

Uma subscrição para pagar um bilhete de ida a todos estes.
Era muito bom para nós e os angolanos haviam de se habituar.

Não Vi(digal)


Joga com o número 13 na camisola.
Ontem teve azar

Não é que o FC Porto tivesse encontrado ouro sem o procurar, mas o médio, ontem adaptado a central, fez questão de assinalar onde estava o X. Aos 2', ajudou a isolar Lisandro, aos 34' ajudou o adversário a inaugurar o marcador.
Público

Começou bem, o outro falhou. Tentou outra vez, resultou.

22 Mar 2009

Voou muito alto


Charlie Parker é uma lenda do jaz e, certamente, um dos maiores saxofonistas que já existiram.
Quem estiver interessado em ler algo sobre o mesmo, pode seguir o link que remete para abundante informação.

Neste filme a sua atormentada vida é contada com a mestria da direcção de Clint Eastwood e a banda sonora constituiu um milagre de recuperação de velhas interpretações de “Bird”.

Ganhou aliás um Oscar para a melhor banda sonora.

Nada melhor do que o comentário de quem viu o filme:

The music is real. Eastwood lifted Parker from recordings, cleaned the hiss and scratches then had Lennie Niehaus rewrite arrangements and rerecord with modern equipment. I have a lot of the originals of Parker so it's cool to hear the new and old. Parker was one of a kind for sure. I've been playing for 35 years and I still can't figure out what he was doing.

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Mais um a naturalizar



Há por ai uma polémica levada da breca porque segundo dizem o penalty com que o Benfica empatou o jogo de ontem não existiu.
Falso como o penalty que o senhor Lisandro sofreu e deu outro empate no estádio daquele clube da cidade que não o fazendo, não o armazenando e não o exportando consegue que dêem o seu nome a um vinho.

Ora recebi várias solicitações de órgãos de informação para dar a minha opinião.
Infelizmente nada posso dizer porque naquele momento baixei-me para apanhar um amendoim que me tinha caído para a carpete e nada vi.

E foi pena porque no final podia ter atirado com o amendoim ao senhor Pedro Silva para substituir a medalha que ele atirou para o chão.
Depois vi que nos pontapés da marca de grande penalidade o meu glorioso clube ganhou.
E é isso que conta para a história.

21 Mar 2009

Ladies Night


Roy Orbison podia orgulhar-se de ter cantada as mais fantásticas canções de amor, que se tornaram intemporais.

Este disco reúne alguns dos seus melhores momentos e a vossa particular atenção para a soberba interpretação de “In Dreams” a qual replicada em mímica em
Blue Velvet criou no mesmo um momento particularmente dramático.

É um fantástico disco para ouvir com um vinho tinto bem encorpado e uma dama.

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Grande boca


Ontem Manuel a Moura Guedes entrevistou Carlos Queiroz no programa de informação Anti-Sócrates.
Declarou logo de início que de “bola”nada percebia e dai saiu desencabrestada para uma série de perguntas que começaram a deixar perplexo o sereno Queiroz.
Tenho muita pena que nestas alturas não seja possível mandar à merda esta gaja que tem um umbigo ainda maior que a boca.

E por falar em boca, no fim do mesmo programa conversando com Pulido Valente, que a todo o momento parece que vai cair para o lado no estúdio, trocando impressões sobre o que o Papa disse do uso do preservativo confusa com a argumentação do mesmo, disse-lhe, e cito de memória:

“explicar isso assim aos africanos é incompreensível (para os mesmo)”.

Presumo que ela não percebeu o que disse.

Direitos Adquiridos


Os companheiros de trabalhadores da CP que vivam em união de facto podem beneficiar de descontos em viagens de comboio, mas têm de declarar que não têm quaisquer problemas de saúde mental nem registos no cadastro criminal.

Começa assim a notícia no Público e depois continua esclarecendo que o PCP “exige o fim imediato da "inacreditável discriminação"”.
Acho muito bem, mas o que o PCP devia também pedir é que eu e as demais pessoas que compramos passe fossemos também isentados de o fazer.
Não se compreendo porque é que um marmanjo que vive com um funcionário da CP possa viajar para onde lhe der na real gana de borla.
O mesmo se aplica também a todos os familiares dos mesmos.

Porque é que esta gente deve ter uma regalia paga por mim e por todos vós quando nem sequer trabalha na empresa.
Porque é que os trabalhadores das Câmaras não são, por exemplo, isentos de IMI?
È sempre bom lembrar que a CP é a empresa pública com o maior desequilíbrio nas suas contas e a sua dívida vai para a ordem dos triliões.

Uma coisa com que também se podiam preocupar era com as centenas de milhares de euros que gastam a renovar as carruagens para depois as deixarem borrar de toda a maneira e feitio.

20 Mar 2009

Manifs


O PCP admite chamar ao Parlamento a administração da RTP se não for retirado um anúncio de 30 segundos à rádio pública, a Antena 1, que descreve como uma “ofensa” a “um direito fundamental” - o direito à manifestação.

É muito agradável que o PCP venha dizer publicamente que é ele que organiza as manifestações da CGTP.
Ora o que o anúncio mostra é um infeliz parado no trânsito para que uma manif avance.

Peguemos na última que teve duzentas mil pessoas ou cem mil ou ninguém conforme o ponto de vista, vindas de todos o Pais a manifestarem-se contra Sócrates na Avenida da Liberdade em Lisboa.
Mas os manifestantes excursionistas sabiam que Sócrates estava em Cabo Verde.
Então porque é que resolveram manifestar-se no centro de Lisboa em vez de o fazerem por exemplo em Pinhel?

Porque o que conta é a imagem, e se ela mostrar uma cidade como Lisboa paralisada então ainda melhor.
É a lei do quanto pior melhor.
E portanto o anúncio está mais que correcto e deve ser aplaudido.

Adieu


Parecia bruxo.

Paul Le Guen, treinador do Paris SG, garantiu que vai fazer descansar alguns jogadores, como Giuly, Hoarau e Ceará. Jorge Jesus compreende as motivações do francês.

"Ele vai jogar a Toulouse e o campeonato francês está em disputa acesa. Dando prioridade, como eu também daria, percebo. Mas o Hoarau vai entrar no jogo. Se ele entrar é bom sinal, é sinal que o Sp. Braga está em vantagem", ironizou.

E realmente o tal Hoarau entrou, marcou e mandou o Braga borda fora.
Este Jorge Jesus é o mesmo que ainda há dois dias dizia que estava com os olhos na final.
Agora acha que “o PSG não teve uma oportunidade para marcar e nós tivemos mais lances de possível golo".

Tivemos azar diz César Peixoto.
Jogamos bem e saímos de cabeça erguida diz Alen.
Perdemos o jogo numa bola parada diz Vandinho.
Prestigiamos o clube, a cidade e o País, diz um dirigente.

E pronto, assim se vê como um clube que não tem uma única oportunidade acaba por marcar um golo com uma bola parada e permite que os jogadores do outro clube (que é Sporting e equipa de encarnado) saiam todos satisfeitos.

Porque é que não falam calados como recomendava o Rei de Espanha.

Love is in the air


Michelle Pfeiffer é provavelmente uma das cinco mulheres mais lindas do mundo.
Vendo bem é mesmo capaz de ser a mais bonita de todas.
É a perfeição no feminino.
Aqui juntamente com outro actor compõe o retrato de um casal que julga ter acabado o amor com o sindroma dos “quinze anos”.
O filme é encantador e o realizador famoso por muitas obras dirigiu também “When Harry Met Sally...”.
E assim, percebe-se melhor

Os diálogos são fantásticos.
Quanto ao sexo

To have a happy marriage is to accept the chasm between men and women.
Which is?
He can mend a fight with sex.
She can't have sex until the fight's resolved.
Why is that?
It's the difference between the penis and the vagina.
A penis is a thruster, a battering ram, if you will.
Even if it's mad, it can ram. Sometimes it even helps.
It's the "mad-ram principle."
However, the vagina....
The vagina!
The vagina has to be relaxed in order to open and receive.
It can't be a gracious hostess in a state of anger.
That goes for blowjobs and kissing too.
Every female point of entry needs to know that the penis is coming...
...in peace.


Relativo à fidelidade

It's not an affair. Theresa never had sex with him, they just kiss
A kiss is an affair.
You think so?
Absolutely. Once you establish anything truly intimate with another person, even talking, it has to affect the person you're supposed to be the most intimate with.
But the crazy thing is that Theresa could fuck her husband. She just couldn't kiss him, I mean really kiss him.
It's not so crazy. There have been times when I'm so angry at Stan that I could fuck him but I don't want that count on anyone near me.
A kiss can be so much more intimate than sex.
Yeah. Why is that?
Because fucking means "yeah, yeah, I love you" but a kiss, a kiss means "I like you".

Sobre a culpa

Are you saying it's all my fault?!
It's nobody's fault!
When people say it's nobody's fault, they don't mean that.
They mean it's your fault!
The nobody's fault things are......hurricanes, earthquakes, tornadoes, acts of God!
But when a marriage fails, it's gotta be somebody's fault! And it's not mine!


Devia ser obrigatório ver este filme para tentarmos compreender porque é que as mulheres são tão difíceis de compreender.

19 Mar 2009

Som de eleição


Rob Wasserman tem três álbuns fundamentais.
Solo, Duets e Trios.
Vamos começar por este onde é acompanhado por alguns dos melhores nomes da pop e do jazz.
Gosto particularmente do dueto com
Aaron Neville .

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Um grande amor


A morte é uma coisa horrível.
Quando uma pessoa que nos é querida desaparece, seja por causas naturais, doença, acidente ou seja lá pelo que for, dentro de nós dá-se um rasgão.
O tempo nada resolve e a cada dia mais um pedacinho de nós se estraga.
Ninguém devia morrer.

Uma mulher sai da prisão ao fim de quinze anos de condenação por ter morto o filho.
É esperada pela irmã que pela diferença de idades mal conhece e com ela vai fazendo um penoso regresso à liberdade e à vida.
Mas ela tem um tremendo segredo.

Kristin Scott Thomas bem conhecida por muitos e belos filmes compõe aqui um papel admirável.
Só os franceses conseguem fazer filmes com tanta doçura.

18 Mar 2009

Abram os olhos


Hoje no jornal Público (sem link) dá-se o pontapé de saída para aquilo que virá a ser “uma Superliga na Europa, uma espécie de Liga dos Campeões à porta fechada”.

A notícia explica como será feito e como seria de esperar não é nada favorável a Portugal pois “o modelo que apresentou previa a existência de três divisões com 20 a 22 clubes cada uma. A principal envolvendo quatro clubes ingleses, quatro italianos e quatro espanhóis; três franceses e três alemães; e um apenas de Portugal, Holanda, Escócia e Bélgica.”.

Já escrevi várias vezes que o futebol português tem que optar em serem todos muito pequeninos ou então em alguns (quatro no máximo) serem alguma coisa.
Para tal têm que se dar passos de gigante na criação da Liga Ibérica pois conforme se diz na mesma notícia “a avançar com o plano, o maior número de jogos obrigaria ao reajustamento do calendário desportivo em função das competições domésticas.”

Mal ela seja posta em prática o campeonato nacional como o conhecemos desaparece.
Precisamos de dirigentes que consigam ver o futuro.

Parece brincadeira


Na Áustria iniciou-se o julgamento daquele que pode sem grande necessidade de imaginação ser considerado a encarnação do Diabo.
Segundo as notícias dos jornais parece que o mesmo vai demorar cinco dias e ao fim dos quais será lida a sentença.

Hoje aqui na Tugulândia houve mais uma sessão do julgamento do caso Casa Pia.
Já houve cem, duzentas, trezentas, sei lá quantas sessões do julgamento.
A próxima ficou marcada para 14 de Abril.
Estes austríacos são mesmo malucos.

Bob Fosse & Outros




Do filme apenas se pode dizer que é imperdível.
Um musical autobiográfico de suster a respiração sendo que entre outras preciosidades a encenação de “Air Erotica” é, como o nome indica, um momento de altíssima sensualidade.

Levou quatro Oscar, e mais levava se não tivesse que se defrontar com uma competição feroz no mesmo ano, em que ganhou um dramalhão de arrancar lágrimas às pedras da calçada.
Até Apocalypse Now (1979) perdeu!

Nesta banda sonora a vossa especial atenção para “Bye Bye Love” na interpretação de Ben Vereen, cuja no filme é outro momento arrebatador.

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Natasha Richardson


Com a luz a baixar, os tectos sobem,
os sons tornam-se surdos e distantes,
impregnados de aromas; essências difusas
rasgam passagem para o reino das trevas
onde não há água nem há cinzas
e onde nós, rei e rainha,nos iluminamos
de sede e de incêndios sem fim.*

Natasha Richardson, filha de Vanessa Redgrave, e esposa de Liam Neeson sofreu um acidente de ski e foi declarada aparentemente em coma cerebral irreversível.
Foi uma actriz admirável com uma mão cheia de grandes desempenhos.
Particularmente o seu filme The Handmaid's Tale foi um dos que nunca esqueci.
Que descanse em paz.

*Tirado daqui .

17 Mar 2009

Nos Trópicos


Uma jornalista convidada pelo Governo Português viaja no mesmo avião do senhor primeiro-ministro aloja-se às nossas expensas num bom hotel come do melhor e cobre a visita do mesmo a Cabo Verde.
No último dia o mesmo num estado de euforia por tudo ter corrido tão bem janta e convida a jornalista para se sentar na sua mesa mesmo ao lado da sua Augusta Pessoa.
A mesma, ignorando a fama de mulherengo do mesmo, aceita e coloca-se imediatamente em triplo risco.

Primeiro traindo a classe, pois outra devia ali estar.
Segundo, porque tirando os duzentos mil da última manifestação folclórica todos os tugas querem estar ali sentados.
E terceiro, porque aparentemente perdera a última ilusão de que era independente nas suas crónicas.

Eis senão, e ninguém sabe como, pois até outro “jornalista” que ali estava nada viu nem ouviu, no lugar onde a mesma estava sentada via-se agora um dos ministros mais taralhouco deste governo.

Pode ler toda esta brincadeira contada aqui com a habitual elegância jornalística.

Quarteto de oiro


John Coltrane foi um dos maiores saxofonistas que o mundo do jazz já conheceu.
Desaparecido prematuramente com apenas quarenta anos, deixou uma obra ímpar.
A sua segunda mulher
Alice Coltrane e o filho Ravi Coltrane contribuem para que o seu som e o seu nome não sejam esquecidos.

16 Mar 2009

Uma casinha portuguesa

Com a regularidade de um relógio aparecem reportagens tipo-TVI, sobre as casas que os pobrezinhos exigem aos berros na mesma televisão.
E de seguida o melhor pasquim português escreve sobre o mesmo. .

Paulo e Célia Maia são dois ciganos desempregados, sendo que ele é vendedor ambulante e nos tempos vagos produziu também três filhos de treze, oito e um ano de idade.
Vivem dos parcos rendimentos da venda ambulante mais o RSI e mais os abonos de família e mais qualquer coisa que se arranje.
Agora a casa onde viviam clandestinamente foi deitada abaixo logicamente querem outra.
Querem outra, não pode ser pequena, querem privacidade.

Por outro lado António Santos, de 48 anos, vive numa das casas que será demolida: "Vivo aqui nestas condições desumanas desde que nasci."
Chama-se a isto amor à terra.
Provavelmente também recebe do RSI desde que nasceu.

Se acha que o mamão Estado lhe leva em impostos tudo o que lhe pode roubar, console-se, parte vai para os acima mencionados.
Agora já ficou a saber.

Pastel


(Clique para ampliar)

Para ti, special one*


Laura Fygi é o resultado de uma feliz combinação entre um holandês e uma egípcia.

Nos primeiros tempos de cantora actuava numa all-girls band que se vestiam de sexy lingerie mas neste disco infelizmente, nada disso se pode ver.
Apenas se pode ouvir uma voz de veludo.

* Claro que não é para o Mourinho

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15 Mar 2009

Ui, ai que atrapalhado que ele ficou


Um dia um elefante distraído caiu numa armadilha.
Logo verificou que não podia sair dali, mas por sorte passou um ratinho ao qual pediu ajuda para lhe roer as cordas que o aprisionavam.
O ratinho, maroto, acedeu mas colocou uma condição.
O elefante tinha que aceitar ser enrabado pelo ratinho.

Descontraído ele aceitou o ratinho roeu as cordas e logo o elefante estava liberto.
E então passou-se ao cumprimento da promessa.
O elefante um bocado aborrecido enquanto o ratinho se esfalfava deu com a tromba num coqueiro um coco caiu nos cornos do elefante o qual gemeu de dor.

Grita o ratinho:
Doeu, não doeu?

Pode ler aqui a versão do seminarista Louça .

Adeus título


14 Mar 2009

Violinos de Sonho


Yehudi Menuhin e Stephane Grappelli formaram neste disco o que com muita propriedade foi chamada uma entente cordiale .

Duas figuras lendárias do violino interpretam aqui uma espantosa colecção de “standards” entre as quais é justo destacar “”Tea for Two” e “Autumn Leaves” que todos conhecemos e porventura já assobiamos.

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Por dobrões nunca dantes conquistados




Ser tuga é uma arte com mais de quinhentos anos.
Ora veja:

Os navios que rumavam a Lisboa estavam sempre sobrecarregados por causa das cargas das próprias tripulações, quer na forma de “caixas” oficiais quer em contrabando.
Devido aos salários muito baixos, esta era a única maneira de fazer com que a viagem perigosa valesse a pena.

A incompetência a todos os níveis pode também ter responsabilidades.
Em Portugal a missão de capitanear um navio era atribuída como favor real aos membros da alta realeza. Saber distinguir a proa da popa não fazia parte dos requisitos.
Como resultado, a tarefa de manobrar ficava entregue ao piloto. Imagine-se o que acontecia quando o capitão e o piloto discordavam.
As praias desde Moçambique à Madeira tiveram o seu quinhão de pimenta.

Numa reunião realizada no palácio do vice-rei de Goa em 1643, as autoridades locais ficaram a saber que, em Portugal não havia um único piloto qualificado para manobrar um navio para a Índia, uma vez que todos os que tinham experiência adequada (todos os dez) estavam presos em Goa por causa do bloqueio holandês.

Fazendo eco das baixas expectativas dos locais, Linschoten refere que quando um vice-rei chega a Goa para iniciar a sua comissão de três anos, passa o primeiro a remodelar, o segundo a acumular a maior quantidade possível de dinheiro e o terceiro a apagar o seu rasto.*


Não é preciso muita imaginação para perceber que hoje só não é igual, porque é pior

* O Sabor da Conquista ISBN 978-972-44-1441-6

12 Mar 2009

Sempre em festa


Há 500 anos era assim:

Mas o resto de Portugal não beneficiava muito do ouro preto e amarelo que era descarregado nas docas de Lisboa e logo depois recarregado em navios com destino a Londres e a Antuérpia.
Lisboa era cada vez mais uma cidade deslumbrante num monte rodeado por bairros de lata. Mas isso ainda a tornava mais atractiva para os camponeses pobres e os artesãos que afluíam á cidade.
Naturalmente não eram apenas os camponeses pobres e os artesãos que se deslumbravam com a riqueza da cidade.
Clérigos, escudeiros e sicofantas afluíam aos pátios cobertos de azulejos junto às muralhas do castelo em busca de qualquer oportunidade de promoção.
Os fidalgos faziam vénias e aperaltavam-se em busca de qualquer potencial nomeação lucrativa
Aqui, o caminho para a fortuna era diferente de Veneza ou de qualquer uma das repúblicas mercantis italianas.
Em Portugal tudo dependia do favor régio. Se alguém quisesse progredir na carreira como soldado, mercador ou clérigo teria de receber a bênção do monarca.
Para o rei, era um negócio dispendioso.
Em 1500 D. Manuel sustentava cerca de 4000 funcionários só na sua corte. Não admira que os monarcas portugueses estivessem sempre à procura de uma nova fonte de receitas.*

Hoje basta mudar algumas palavras, por exemplo onde está D. Manuel colocar o Estado, e tudo parece absolutamente actual.
Que tristeza.


* O Sabor da Conquista - Edições 70 - Michael Krondl

Iceberg Loiro


Diana Krall aqui com o seu segundo álbum dava início a uma carreira em que se tornou uma estrela do jazz.

A palavra a quem sabe:

Her work at one stage was strongly inspired by the trio concept of Nat Cole, but it has continued to develop – amid high-powered and glamorous marketing – to unqualified approval from the international jazz scene.
Digby Fairweather


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11 Mar 2009

O Banal Horror


No Alabama um homem matou onze pessoas e morreu .
Na Alemanha um rapaz matou quinze pessoas e morreu .

Isto pode parecer estranho, mas a humanidade tende a criar cada vez mais episódios de extrema violência.
A violência dos jogos de vídeo, a música satânica, o
bullying , a banalidade da morte nos telejornais a desconstrução da juventude à qual não são impostas nem regras nem deveres são o fermento deste pão amargo.

Tenho muita pena dos pais das vítimas e claro está dos pais dos assassinos.

Máquina zero, precisa-se


Pode parecer uma brincadeira mas o extravagante penteado que Miguel Veloso usava na ida para Munique e que me parece, e digo parece porque quase que não o vi em jogo, usou durante o mesmo representa uma parte do futebol português.

Veloso filho, que no aeroporto se referia a si sempre na terceira pessoa, dando azo a um momento de humor quando disse “Andam a tratar mal o Miguel Veloso e eu fico triste!” e um jogador banal igual a centenas que há por toda a Europa.

Mas os jornais desportivos precisam de vender e aproveitaram a inocência da criança, entretanto promovido a rei da passerelle para fazerem dele capa e folhas e folhas de novela.
Deram-no como certos em mais de duzentos clubes da Patagónia á Lapónia e o pobre acreditou.
A parolice nacional no seu melhor


Ele pode andar muito bem penteado mas este desgraçado futebol, ontem esborrachado em terra de má memória, anda desgrenhado, porco e muito feio.

O Sabor da Conquista


Segundo se diz num popular aforismo, a história repete-se, primeiro como tragédia a seguir como farsa.
Num livro (clicar no título do post) que comecei a ler e que se representa no boneco, conta-se a ascensão e queda de três cidades das especiarias: Veneza, Lisboa e Amsterdão.
Serão colocados aqui alguns excertos daquela que nos interessa , a nossa.
O primeiro está ai.

Não há dúvida de que o rei (D. João II) precisava de mais dinheiro para os seus cofres. A corte despendia enormes quantidades de ouro africano só para manter as aparências: para comprar tecidos de lã florentinos, sedas orientais e especiarias venezianas.

Enquanto que os parentes reais de Castela, Borgonha e Inglaterra podiam depender das receitas da suas vastas propriedades e, em certa medida, dos impostos, os monarcas de Lisboa dependiam cada vez mais das receitas ultramarinas para manter o nível de vida.

Contudo viviam sempre acima das suas posses e, para pagar as contas, tinham que contrair empréstimos junto dos banqueiros italianos.


Para meditar

No feminino


O Japão é actualmente um dos países onde o jazz se encontra em franca expansão.
Acresce que algumas das suas editoras produzem autênticas jóias com a habitual meticulosidade oriental.

A pianista
Yoshiko Kishino apresenta-nos aqui o seu álbum de estreia.

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10 Mar 2009

Fronteiras de veludo


“Era uma pessoa responsável e muito tranquila; nada impulsiva".

Uma brasileira de 21 anos conheceu um fulano numa festarola e resolveu no dia seguinte ir passear com ele, clandestinamente, num evento todo-o-terreno.
Correu mal, o jipe virou-se e ela morreu, deixando um filho de cinco anos no Brasil.
Claro que tudo isto é muito triste.
Agora passado o natural momento de emoção ficamos a saber duas ou três coisas preocupantes.

Dayanne de seu verdadeiro nome, fazia-se chamar Vitória, estava ilegal em Portugal e durante este tempo morava sozinha, ninguém sabia o que fazia e já tinha tido tempo de ir a vir à Suíça.

Alguém consegue compreender o que é que as autoridades no momento em que não estão a dormir, fazem?
Pode ler tudo no
melhor tablóide português

9 Mar 2009

Este céu parece o paraíso


Pat Metheny e Charlie Haden produziram este álbum a todos os títulos superlativo.

A vossa melhor atenção para “The Precious Jewel” uma canção tornada famosa pelos Delmore Brothers e para a interpretação de dois temas do filme “Nuovo Cinema Paradiso”.

O título do disco vem de ambos terem crescido no Missouri, Pat em Lee’s Summit e Charlie em Forsythe.

Muito obrigado a ambos por existirem.

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Tudo bons rapazes


A Dona VALENTINA MARCELINO é uma ilustríssima jornalista do Diário de Notícias que por motivos óbvios é destacada para relatar incidentes que haja nos bairros onde há gente daquela etnia que não se pode dizer e outra gente daquela cor que também não se pode dizer.
Desta vez a coisa foi mais fácil.
Calhou-lhe cobrir, salvo seja, um incidente entre dois grupos de pacatos jovens que terminou com um deles, quase uma criança, com um tiro no peito e um caixão á saída do Hospital.
Vamos ouvir:

Quem visse o choro profundo dos amigos do bairro e ouvisse a oração que todos eles, com mulheres e homens mais velhos, lançaram a Deus, rogando para que outra morte não acontecesse, não imaginaria que parte daqueles miúdos tinham estado na véspera, munidos de bastões, facas e armas, a aterrorizar o bairro do suspeito assassino.

E tinham razão, porque:

Ninguém explica o motivo da morte de Aires. Um primo, Ciro Henriques, que tem a cara inchada, pontos no lábio e o nariz partido, garante que "eles", os do "Bairro Azul, da Quinta da Piedade" os perseguiam, a ele e a Aires há vários meses. Porquê? "Não sei", responde, "não fizemos nada".

Pois claro, estavam postos em sossego e vem o Lobo Mau com:

.."paus, martelos, facas e armas" e "gritavam por Jair". 'Moreno' diz que o "seu" bairro está preparado para a "vingança" do grupo de Aires. "Estamos todos prontos esta noite. A polícia nem tem que vir aqui que nós tratamos de tudo", afiança. Quando lhe contamos das lágrimas da mãe de Aires, parece hesitar nas palavras de ódio, mas acaba a sacudir os ombros: "Quem morre com tiro é porque procurou a morte. Ele andou a provocá-la."

Pode ler toda a telenovela aqui