13 Jun 2007

O olho do vizinho



Exmo. Senhor Doutor Joaquim Fidalgo
Excelência:

Publica hoje V. Exa. no jornal de que é, justamente, uma das maiores figuras uma feroz sátira sobre um outro parceiro, eu ia a dizer concorrente, de lides jornalísticas.
É ele “O Sol” e V. Exa. acusa-o de manhosamente ter deitado a ideologia fora e começar a oferecer brindes a torto e a direito, por enquanto uma biografia de inatacável interesse e terminar num qualquer faqueiro.
E adianta que vai deixar de o comprar.
Confesso que aqui m’admirei (como diria um vosso estimado colaborador) pois eu pensava que vós, os senhores jornalistas, tinham todos os periódicos de borla.

Acontece que eu tenho que comprar ambos.
De “O Sol” já sei o que esperar.
São dois euros que agora graças à publicidade que uma cadeia de cinemas (não, não sou tão parvo que vá pôr aqui o nome para os ajudar) resolveu fazer, fica de borla se for aos seus cinemas.
Repare V. Exa. Senhor Doutor, não é para ir ao cinema.
É para ir a determinados cinema.
Faz a diferença, não é verdade?

Agora o que me traz aqui, é outra coisa.
É que de “ O Público” , que pago na sua versão on-line, nunca sei o que esperar.
É verdade que o senhor Procurador já me informou que os vossos problemas informáticos derivam de estar a mudarem de andar (uma desculpa muito boa para o funcionalismo público, não acha?).
Olhe na última sexta-feira não houve jornal, no sábado apareceu por volta das dez da manhã, o que já não é novidade.
Até se conseguem ler as indicações para os gráficos.
E V. Exa. Senhor Doutor saberá que a sua crónica, uma vez, até veio classificada como Lixo?
Até mandei uma carta, claro que sem resposta, a criticar o desaforo.

Excelência:
Antes de criticar muito justamente os outros, acuda a estes humildes pagantes do seu jornal.

Muito Grato
A Bem da Nação.

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