4 May 2007

Immelman Trick


O esforço de apanhar um objecto frágil em queda livre produzirá mais destruição do que se se permitisse ao objecto cair a direito, como inicialmente.
Fulton


Carmona Rodrigues conseguiu num instante reduzir a frangalhos a pouca credibilidade que lhe restava.
É bem verdade que se sujeitou a todos os enxovalhos para poder ser presidente de Câmara, mas nesta hora de verdade a patética comparação com o comandante de um navio, a meter água por todos os lados, mostrou-lhe claramente que os imediatos mais não eram que funcionários partidários, desejosos de salvar os cargos, estes ou outros que o partido lhes venha a arranjar.
E assim, como um César de quinta categoria, lá foi apunhalado pelas costas, de frente de lado.
Ainda estava de joelhos a caminho do chão e já os vultos começavam a aparecer vindos de todos os lados do cenário.
Por agora vamos só falar de um.
E que um!

João Soares foi presidente desta desgraçada cidade.
O seu tempo foi notado pela rapidez com que ignorava os concursos públicos para fazer obra mais depressa e mais cara (por acaso lembra-me agora que isto é uma coisa que se diz que o soba da Madeira faz).
Criou imensos lugares de colaboradores.
Deu um prédio ao Pai. Um filho agradecido, uma coisa bonita.
Mas desde que foi derrotado por Santana Lopes (a Zézinha diria que este, como um rato Mickey era difícil de vencer) nunca mais foi o mesmo.
Triste sem nada saber fazer na vida, lá se acantonou numa fila qualquer da Assembleia da República onde ninguém dá por ele, nem ele quer que se saiba que anda por ali.
Concorreu a Sintra, perdeu também.
Agora só lhe falta pôr um anúncio no jornal a dizer que está muito disponível.

Deve ser mesmo bom ser presidente da Câmara de Lisboa.
Que mel e ambrósia haverá por lá?

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